As
sociedades da informação se configuram pelo volume expressivo dos insumos de
informação propiciados pelas novas tecnologias, presente nas atividades dos
indivíduos e instituições e em suas relações com a política e economia.
Portanto, é errôneo pensar que o termo “Sociedade da Informação” englobe todas
as sociedades atuais – uma vez que muitas não se enquadram ao modelo de
produção de bens e serviços tecnológicos característicos.
A
parcela dos que ainda não estão inclusos no novo paradigma é considerável. Os
países em desenvolvimento e de menores rendas, que não dispõe de condições
técnico-econômicas necessários à adequação em todos os grupos sociais e campos
estruturais como os da Educação e Tecnologia, por exemplo, engrossam a fatia
dos excluídos, formada geralmente por pequenos comerciantes, moradores das
zonas rurais e de setores urbanos mais pobres, além das populações
marginalizadas, como desempregados crônicos e sem-tetos.
Fatores
como analfabetismo, analfabetismo funcional, baixa renda familiar, falta de
acesso à computadores, às linhas telefônicas, aos servidores de internet e à
diversas outras Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) pesam
negativamente e necessitam de alto investimento para se reconfigurar como
panorama propício à construção e desenvolvimento de sociedades informacionais.
Pode-se
afirmar que os atores que protagonizam as sociedades informacionais são
geralmente indivíduos de básico, médio e alto níveis educacionais, com
competências e habilidades informacionais (Letramento Informacional), de média
e alta rendas financeira, com acesso às TIC’s convencionais e modernas e às
bases de informações privilegiadas em qualidade e quantidade de bens e serviços
disponibilizados, e que se utilizam cotidianamente desses instrumentos e
suportes na realização de suas mais diversas atividades, seja de caráter
pessoal, acadêmico ou profissional.
Este
é, portanto, um ambiente muito propício a se estender o fosso entre as classes de
rendimentos majoritários e as populações com rendimentos minoritários. Propício,
sim. Mas não determinante.
A
informação e as condições de informação são atualmente direitos do cidadão. A
sociedade brasileira vive um processo de transformação, crescimento e
desenvolvimento onde decisões e medidas importantes a este respeito estão sendo
trabalhadas. É importante estar atento à essas transformações para que as
necessidades públicas não se tornem vantagens aos meios privados.
Qual
a importância de um Plano Nacional de Banda Larga? de um Marco Regulatório dos
meios de comunicação? de um Marco Civil para Internet? do debate sobre a
democratização midiática? de melhorias e investimentos na educação pública? E qual
o nosso papel em meio à tudo isso?
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Ontem (quarta-feira, 02 de novembro), em
Copenhague (DIN), foram divulgados dados do Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH) 2011, que é calculado a partir de dados referente à saúde, educação e
renda, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). No novo
ranking o Brasil sobe um degrau e ocupa a 84ª posição da lista que contempla
187 países. Apesar de acréscimos nos dados referentes à saúde e a renda
brasileiras, a escolaridade e a expectativa de tempo de estudos permaneceram
estagnados.
“Segundo o chefe do grupo de pesquisas
do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) do Pnud em Nova York, José Pineda,
o equilíbrio entre as três áreas (saúde, educação e renda) é a principal
explicação para o desempenho brasileiro no IDH. E demonstraria que o governo
estaria acertando em suas políticas pró-crescimento.
Estão à frente do Brasil, em IDH, Chile
(44º no ranking), Argentina (45º), Uruguai (48º), Cuba (51º), Bahamas (53º),
México (57º), Panamá (58º), Antígua e Barbuda (60º), Trinidad e Tobago (62º),
Costa Rica (69º), Venezuela (73º), Jamaica (79º), Peru (80º), e Equador (83º).” [1].
[1] Mais informações
em: BRASIL avança uma posição e fica em 84º em novo IDH da ONU. Carta Maior.
Disponível em: <http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18878>.
Acessado em 03 de novembro de 2011.